duas ou três coisas
notas pouco diárias de Francisco Seixas da Costa
quinta-feira, outubro 30, 2025
Os amigos de Delors
De caras
quarta-feira, outubro 29, 2025
Chegou
"Olhe que não, olhe que não!"
A situação política que se vive em França é o tema da conversa que esta semana eu e Jaime Nogueira Pinto temos no "Olhe que não, olhe que não!", na plataforma do jornal "24 Horas".
Pode ver aqui.
terça-feira, outubro 28, 2025
Royals
As trapalhadas de Andrew, entre as festas de Epstein e a revelação dos alojamento dos Windsor, convocam atenções para o estilo de vida dos "royals" britânicos. Nada que faça bem a uma monarquia onde a rainha tinha saído de cena em glória, com o sucessor a chegar sem sobressaltos.
segunda-feira, outubro 27, 2025
O soberano
Trump é um ilusionista. Mantém-nos entretidos com "números" diários. A imprensa odeia-o mas segue-o caninamente. Trump, que não é parvo, já percebeu que o mundo olha com sobranceiro desprezo o seu deslumbre pelos dourados e outras saloiices, mas sabe que o soberano é ele.
A lei do boato
A prova do imenso poder das redes sociais é a dificuldade enfrentada pela família presidencial francesa para contrariar as ridículas alegações sobre a sexualidade da mulher de Macron. Dos EUA a França, o boato continua a espalhar-se, de uma forma até agora intravável.
A palavra dos embaixadores
A política no Japão
domingo, outubro 26, 2025
Again?!
Costas largas
Está a entrar na moda um substituto do estafado "A culpa é do Passos". Agora diz-se "A culpa é do Costa".
sábado, outubro 25, 2025
Encarnados
Goste-se ou não do Benfica - e eu não gosto -, há que convir que o número de votantes nas suas eleições é impressionante.
Digo eu, não sei!
Lendo o que por aí vai saindo sobre o elevador da Glória, com todas as dúvidas e interrogações técnicas que só tendem a crescer, a probabilidade daquele veículo de transporte entre os Restauradores e o Bairro Alto voltar a funcionar começa a ser bastante remota.
Mais rigor
É claro que é uma excelente notícia que uma gestora altamente qualificada vá assumir a presidência de um grande banco em Portugal. Mas releva do preconceito dizer que isso é um caso inédito, esquecendo a atividade bancária, com "governance" discutível, é certo, da Dona Branca.
A cunha na hora
O filósofo do olhar
Cheguei lá de mãos a abanar. Não há castanhas assim à mão de semear por essa Lisboa. Fomos falando, à medida que a máquina ia disparando. Depois, a surpresa. Já tive muitas fotografias de estúdio na vida, mas nunca ninguém me tinha dito, a certo passo, para ir dizendo mentalmente um poema, enquanto estava a ser fotografado. Não era preciso declamar, bastava "falá-lo" interiormente. Que poema escolhi? "As mãos". Ontem, mandou-me uma fotografia: "Escolheu Manuel Alegre e no instante certo o cabo disparador foi accionado. Eis o resultado!" É curioso: aquela imagem, que guardei, ficará sempre associada ao poema que então eu dizia para dentro. Passa a ser uma fotografia com moldura poética.
Horas depois enviou-me outra. Nessa, eu estou com um olhar estranho. Disse-lho. Retorquiu, por mensagem: "O retrato capta quem somos, quem podemos ser, quem estamos quase a ser e também o que poderíamos ser". Caramba! Retratos assim poucos se podem dar ao luxo de ter. Só os não reproduzo aqui, como fui autorizado a fazer, porque não.
O retratista chama-se Veríssimo Dias. Teve uma vida por mundos que já foram outros, nota-se que adora o que faz, embora a sua faina profissional de base fosse distante da fotografia. Talvez por isso, faz esta magnificamente, de forma leve, natural, com um rigor suave, por onde perpassa um sentido estético de exigência.
Às vezes, a vida ainda nos surpreende. Foi o caso.
sexta-feira, outubro 24, 2025
"A Arte da Guerra"
What seems to be new
Everyone knows Donald Trump’s opinions are like yogurt: they don’t keep long and can turn sour fast. We also know that facts have a way of quickly overturning expectations. That said, and without wanting to sound naive, it’s fair to admit that in all the spectacle around America’s renewed involvement in the Middle East, two genuinely new things have appeared.
Eu comemoro!
As Nações Unidas são uma reserva de autoridade moral no plano internacional que o mundo não pode dispensar. O papel extraordinário que a organização e as suas estruturas e agências desempenham hoje pelo mundo surge obscurecido pela impotência que lhe é imposta por quantos querem ter as mãos livres para atuar, não apenas à sua revelia mas, essencialmente, pondo de lado os seus princípios.
Neste dia - que eu comemoro! - deixo um abraço de amizade a essa figura de bem que é António Guterres, nele representando todos os portugueses que atuam no seio da ONU, com um destaque conjuntural para Jorge Moreira da Silva, pelo seu extraordinário empenhamento no minorar da tragédia de Gaza.
O que parece novo
Todos sabemos que as opiniões de Donald Trump são como os iogurtes: têm prazo curto de validade e podem acidular com facilidade. E também sabemos que a realidade dos factos pode, de um momento para o outro, infirmar qualquer esperança criada com ligeireza.
Dito isto, e sem querer correr o risco de ser ingénuo, há que convir que, em todo o espetáculo que envolve o novo empenhamento americano no Médio Oriente, surgiram duas coisas realmente novas.
A primeira, é o facto do plano para Gaza, que Trump vendeu a quem o vai pagar, não implicar a saída dos palestinos desse território. Andemos para trás uns meses e logo concluiremos que isto estava longe de adquirido.
A segunda, tem a ver com a Cisjordânia: a firmeza com que o J.D. Vance e Marco Rubio rejeitaram as ideias expansionistas que emergiram no Knesset pode ter fechado a porta ao "grande Israel", o que significa, desde já, uma implícita oposição aos novos colonatos - coisa verdadeiramente nova na atitude americana, bastando olhar para as votações na ONU sobre o tema nas últimas décadas.
Trump, por vaidade ou por tática, desenhou ou comprou um plano que, à primeira vista, pode tê-lo libertado de se colocar a reboque do comportamento de Israel. Com o massacre cometido em Gaza, Israel deve estar agora a perceber que avançou para "a bridge too far".
Por esta altura, tudo indica que a esperança de Netanyahu é que o Hamas, ou alguém em "falsa bandeira" por ele, lhe dê um pretexto para romper o cessar-fogo. Noutra dimensão, invocando razões geoestratégicas a que Washington possa ser sensível, até para manter o fluxo da ajuda militar, Israel pode vir a desencadear ações com alguma espetáculo nos seus mercados tradicionais de impunidade - Líbano, Síria, Iemen, quiçá Irão - que lhe possam servir como fator de diversão.
Por ora, este pode estar a ser um tempo algo desconfortável para a liderança israelita, menos à vontade para gerir, com a liberalidade habitual, aquilo que, lá no fundo, alimentava ser o sonho do "espaço vital" do Estado judaico - pedindo de empréstimo um conceito que, com total frieza, seria útil reavivar na sua memória.
Pim?
O Estado de que eles gostam
quinta-feira, outubro 23, 2025
Astérix
Muito cuidado!
Os serviços de informação portuguesa vão fazer um amplo recrutamento, tendo em conta o défice em matéria de recursos humanos que afeta aquela estrutura do Estado. Desejo muita sabedoria no processo: numa área tão sensível, o extremo rigor na seleção é essencial.
quarta-feira, outubro 22, 2025
Anti-colonialismo
Manuel Alegre vai receber uma distinção do governo angolano. Muito bem! Há décadas que clamo contra a falta de reconhecimento, da parte dos países africanos de expressão portuguesa, face a quantos, em Portugal, combateram o colonialismo, arriscando a sua própria liberdade.
Agora, na hora da morte
Há horas, depois de falar na SIC da figura de Francisco Balsemão, dei comigo a pensar que, na hora da morte de um político, contam menos as palmas de quem ideologicamente dele esteve próximo e, muito mais, as palavas de respeito de quem estava distante de algumas das suas ideias.
"Olhe que não, olhe que não!"
Pode ver aqui.
Balsemão
Não pretendo fazer aqui um obituário completo de Francisco Pinto Balsemão. Outros o farão bem melhor do que eu. Deixarei apenas algumas notas pessoais.
Com a morte de Balsemão, desaparece alguém que era a personalidade viva mais destacada de quantos fizeram a transição entre o período mais aberto da ditadura com os mais de cinquenta anos de democracia que lhe sucederam.
Desde que começou a ter atividade política, Balsemão mostrou sempre ser um democrata, pelo que a sua entrada no regime que saiu do 25 de Abril se fez com total e indiscutível naturalidade.
Deputado da União Nacional (mas não da sua sucessora, a Ação Nacional Popular), soube, com imensa dignidade, tal como Sá Carneiro, afastar-se de Marcelo Caetano, para não servir de alibi liberal (a palavra liberal tinha, por essa altura, bom nome e era usada na aceção anglo-saxónica) a um regime autoritário que recusava devolver a liberdade ao país. Balsemão bateu com a porta e isso dignificou para sempre a sua história pessoal.
Para mim, contudo, quase tão importante como o político, Francisco Pinto Balsemão acabou por ser o notável criador, ainda em 1973, dessa "pedrada no charco" no jornalismo português que foi o "Expresso". Balsemão nunca escondeu a sua costela de jornalista e acho que sempre considerou essa faceta como um dos aspetos centrais da sua vida. Devemos-lhe também a SIC e, com ela, um grupo de comunicação social, a Impresa, que, nos dias de hoje, estará, ao que se sabe, a atravessar tempos muito difíceis.
Ao longo da vida, cruzei-me muitas vezes com Francisco Pinto Balsemão, com quem criei uma excelente relação pessoal e a quem só devo simpáticas atenções. Quando passei pelo governo, conversámos muitas vezes sobre as implicações europeias do negócio mediático, tema que o apaixonava e em que se tornou um especialista. Em 2012, ambos fizemos parte do grupo de trabalho, nomeado pelo governo, que preparou o Conceito Estratégico de Defesa Nacional, para vigorar na década seguinte. Depois, ambos trabalhámos, por alguns anos, num conselho consultivo dentro da Universidade Nova de Lisboa, por ele presidido. Há tempos, quando lançou, na cidadela de Cascais, uns encontros anuais de reflexão estratégica, teve a simpatia de ser o moderador da sessão de abertura do primeiro desses debates, sobre a Europa e o mundo, entre Carlos Moedas e eu. A seu convite, tive o gosto de apresentar no ISCTE um livro de que foi co-autor com o político cabo-verdeano José Maria Neves. Salvo raras ocasiões sociais, vimo-nos pouco desde então.
A democracia portuguesa fica de luto, com a morte de Francisco Pinto Balsemão. Digo-o com a maior sinceridade e respeito. Quem me conhece sempre me ouviu afirmar, desde há muitos anos, que ele era das escassas personalidades da direita portuguesa em quem eu poderia ter votado para Presidente da República.
Deixo as minhas condolências à família de Francisco Pinto Balsemão.
terça-feira, outubro 21, 2025
Homenagem ao Elísio
Durante muitos anos, Elísio Amaral Neves ajudou a cidade de Vila Real a ter orgulho na sua cultura, conseguindo trazer ao de cima coisas que muitos nós nem suspeitávamos que podiam fazer parte da nossa identidade e história coletiva. Em todas as áreas onde interveio, o Elísio foi sempre um marco de empenhamento e de rigor.
segunda-feira, outubro 20, 2025
Olrik na terra dos coronéis
O meu amigo Fernando Pinto do Amaral suscitou no Facebook a pertinente possibilidade do assalto de ontem ao Louvre ter sido levado a cabo pela mão tenebrosa do coronel Olrik. Se o leitor não sabe quem foi Olrik - quem é e quem eternamente será - talvez não valha a pena continuar a ler este texto.
domingo, outubro 19, 2025
Começou a época!
Em dois dias, já cá cantam duas dúzias! (Já terá sido inventada uma maquineta para descascar as mais renitentes?)
Ukraine under pressure
"Cumué", Néné?!
Saiu da cena da vida, ao que acabo de saber pelo Armindo Quinteira, o Nené (Carlos Correia, de seu nome). Na imagem, numa festa do liceu, está entre o Quinteira e o Olívio, com o Coroliano a surgir por detrás.
O Néné era irmão gémeo do Jujú, filhos do senhor Carlos da sapataria. Entrámos juntos para as aulas do professor Pena, na Escola do Trem, nos idos de 1954. Juntos seguimos para o liceu. Anos mais tarde, a geografia das vidas separou-nos o quotidiano. O Jujú foi para o Porto. O Néné ficou em Vila Real, onde tinha a sapataria com o nome do pai. A amizade com ambos os irmãos manteve-se, para sempre.
Por muitos anos, quando regressava a Vila Real, mantive um agradável ritual de visita a lojas comerciais onde tinha pessoas amigas, alguns de infância e juventude, outros da idade adulta: o Tito Gomes da dita Gomes, o Neves da Pompeia, o João Nascimento oculista, o Bragança dos jornais, o Jorge Santoalha dos tecidos, o Euclides da funerária, o Eduardo dos eletrodomésticos, o Pires fotógrafo, o Salgueiro da relojoaria, o Alonso da Real, o Néné da sapataria, o Eduardo da papelaria, o Carvalho da drogaria, o Alfredo Branco da livraria, o Zé Macário fotógrafo, o Dr. Otlílio da Setentrião, a Rosa das castanhas, o Joaquim Mesquita da farmácia, o Zé Araújo das antiguidades, o Fernando Choco dos jornais, o Albertino Ribeiro das ferragens e alguns outros. Esse ritual foi variando e esmorecendo, quase sempre ao ritmo da desaparição das pessoas.
Na sapataria do Néné, ao pé da capela nova, eu entrava e atirava-lhe a mesma pergunta, uma expressão local que não era para ter nenhuma resposta: " 'Comué', Néné?!" Lá vinha um abraço, uns minutos breves de conversa - até ao outro Natal ou à Páscoa ou ao verão. Um dia, dei conta que as montras da sapataria do Nené passaram a estar fechadas com jornais. Perguntei por ele. Andaria doente.
E agora: "Comué, Néné?!"
sábado, outubro 18, 2025
Quando um palerma ...
Na minha terra, a quem vinha com argumentos deste calibre costumávamos dizer: "quem te atasse um arado!"
Se calhar é verdade...
Ouvido ontem: "Portugal é um paraíso para os estrangeiros ricos e um inferno para os portugueses pobres".
É tão simples!
A questão é de segurança coletiva e de transparência cidadã: quem circular no espaço público, salvo em tempos de emergência sanitária, tem de poder ser identificado através da visualização da sua cara. Levar a questão para o terreno religioso é uma cretinice.
A Ucrânia em sete pontos
sexta-feira, outubro 17, 2025
Raízes
Há muitos anos, constou nos cafés de Lisboa - onde as coisas constavam ... - que um livro de História tinha sido recolhido das livrarias pela Pide.
quinta-feira, outubro 16, 2025
Gozar ?
Trump vai encontrar Putin na terra de Orbán. Na véspera, o seu alucinado ministro da tropa tinha dado sinais aos atarantados colegas da NATO de que Washington ia endurecer a posição face à Rússia. Até parece que Trump anda a gozar com a malta.
"A Arte da Guerra"
Esta semana, em "A Arte da Guerra", com António Freitas de Sousa, analiso a situação política em França, as propostas de paz de Trump para Médio Oriente e os jogos tarifários entre os EUA e a China, quiçá com a Rússia como efeito colateral.
Pode ver aqui.
quarta-feira, outubro 15, 2025
Ação climática
Foi uma animada mesa-redonda aquela que, ao fim da tarde de hoje, o Clube de Lisboa / Global Challenges organizou no magnífico Museu de Lisboa, no Palácio Pimenta, sobre "A ação climática entre agendas nacionalistas e tensões geopolíticas".
Quem nunca ... ?
Um comboio da CP deixou ficar para trás uma carruagem! E logo houve quem se tivesse mostrado escandalizado. Há gente tão sectária! Perder um elevador na Glória ou uma carruagem no Alentejo não é sinal de incompetência nem de descuido com o material. Vendo bem, pode acontecer a qualquer um...
Chamar os bois...
Se a filosofia do trumpismo fosse expressa na Europa, a imprensa dar-lhe-ia o nome daquilo que ela é: extrema-direita. Em Portugal, tal como no caso do Chega, usam-se para ela prudentes circunlóquios semânticos: populismo, direita "radical" e coisas fofas assim. Será por medo?
terça-feira, outubro 14, 2025
"Olhe que não, olhe que não!"
Hoje, no "24 Horas", foi editado o primeiro programa "Olhe que não, olhe que não!", uma conversa sempre deliberadamente "caótica", entre mim e Jaime Nogueira Pinto. Falámos da geografia das Revoluções em Portugal e de alguns dos seus atores.
Só para lembrar
A quantos aplaudem que os EUA tenham imposto um cessar fogo em Gaza, lembraria que, desde há décadas, a América aceita que Israel incumpra as resoluções da ONU que tentavam proteger os direitos dos palestinos e alimenta a máquina militar que chacinou dezenas de milhares em Gaza.
Crimes de guerra
Uma figura acusada de crimes de guerra não deixa de o ser apenas pelo facto da guerra ter eventualmente acabado ou sido suspensa. Os acusados de Nuremberg não deixaram de ser condenados só porque o conflito terminou. Portugal, subscritor do TPI, deve lembrar isto na Europa.
segunda-feira, outubro 13, 2025
Uma vergonha nacional
Encostadas a uma parede, constato há meses que jazem por ali umas dezenas de máquinas de leitura dos passaportes eletrónicos, novinhas em folha, pelos vistos sem o menor préstimo. Não funcionam, vá-se lá saber porquê. Quanto custaram? Não me digam que foram pagas por fundos europeus...
Ao fundo daquelas imensas filas de gente, lá estão os insuficientes funcionários daquilo a que já se chamou SEF e agora deve ter outro nome qualquer. E, pessoa a pessoa, longos minutos decorrem, até que os tais turistas, ou gente que viaja muito simplesmente para aqui vir trabalhar, serem atendidos. Ou, já agora, nós, portugueses, que pagamos impostos, taxas e somos assim retribuídos no nosso contributo de cidadania.
Hoje foi assim. Depois de acabado o primeiro suplício, o dos passaportes (já tínhamos estado encafuados em autocarros, parados por longos minutos na placa), fomos obrigados, para receberem as malas, a atravessar um corredor longuíssimo, com um fluxo de gente em sentido contrário, o torna tudo muito incómodo. Nada de tapetes rolantes, de ser para ajudar à forma fîsica do pessoal! Depois de descer à sala de recolha de bagagens, tivemos que fazer um outro percurso, agora no sentido oposto. A nossa passadeira era a 13, logo por azar, lá no fundo da sala. Recebida a mala, volta-se outra vez para trás, até finalmente se sair. É a fase da busca de um taxi, na fila das chegadas. É o momento "siciliano" do dia, por razões que me abstenho de desenvolver.
Mas voltemos à questão do controlo dos passaportes. Um amigo, hoje como eu naquele ambiente de infuncionalidade, lembrava-me uma coisa simples: contrariamente a uma urgência hospitalar, que pode ter picos difíceis de prever, o número de pessoas e as horas a que os passageiros chegam a um aeroporto é a coisa mais previsível do mundo. Com antecedência, sabe-se os horários a que os aviões aterram, sabe-se, no essencial, quantas pessoas trazem, é possível conhecer, com forte aproximação, o número de passageiros que, numa determinada manhã ou tarde, se apresentarão às autoridades de fronteira. Então pir que não têm lá gente necessária para tornarem aquilo mais expedito? Desconfio, muito seriamente, que é por pura incompetência dos serviços "competentes". E, já agora, por falta de vergonha e de sentido de responsabilidade por parte quem que dirige aquilo.
domingo, outubro 12, 2025
Carmine
Amália no Carnegie Hall
Foi emocionante ouvir em fundo a voz de Amália Rodrigues a cantar, na memorável noite de ontem, no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Parecia que ela estava ali, como há décadas esteve.
sábado, outubro 11, 2025
Diane Keaton
sexta-feira, outubro 10, 2025
Parabéns, Maduro!
Parabéns a Nicolás Maduro! A útilma pessoa que Trump ajudará a subir ao poder na Venezuela é Corina Machado. Que perfídia do Comité Norueguês!
Ó diabo!
Paz
Robert Badinter
quinta-feira, outubro 09, 2025
Nova Iorque, sempre
Desembarquei pela primeira vez em Nova Iorque em dezembro de 1972. Recordo uma cidade gélida, ventosa, com um sol sem calor. Mas tudo tinha então uma imensa graça: os esquilos do Central Park, que nos vinham comer à mão, os porteiros da Park e da 5ª Avenidas, fardados como generais soviéticos, as clássicas nuvens de vapor a sair do asfalto e aquele coro de ambulâncias e carros de bombeiros que ninguém me convence que não fazem parte de uma coreografia de som deliberadamente alimentada para animar o turismo.
Os amigos de Delors
Hoje, na sessão de apresentação de um seu livro, em que revisita as quase quatro décadas da nossa integração europeia, em cuja primeira linh...
 

 








































